a queda
Quando este grito interno grita internamente.
Quando esta vontade nascente desagua dentro.
Quando estas nuvens de chumbo apenas se adensam e não há chão onde cair estilhaçar desfazer-se em nadas pequenos que se colam às solas dos sapatos dos outros, no pêlo de um cão, no chão mais escuro de um buraco e se esquecem de onde partiram para onde vão.
Quando as palavras saem.
E não dizem o que dizem. E não mostram o que mostram. E se prendem umas às outras pelos largos espaços que as afastam. Tanto que se esgotam em todas as combinações possíveis. E está tudo lá ausente.
Quando sussurro – sem mãos para não dizer duas vezes, que em duas vezes já se dizem espaços pequenos entre o que se diz –
só para brevemente sair.
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