q.b. (numa tradução livre)
não posso não consigo não aguento mais
ando à voltas sobre mim e o tempo não escorre. é sempre um segundo antes do próximo e não passa dele mesmo. se ao menos um botão se soltasse, um cordão se desamarrasse eu me dobraria em cócoras sobre eles sem, a seguir, me poder levantar e a seguir? outro cordão? uma formiga que pudesse ser exterminada, talvez. o chão que irrompe numa fenda e finalmente haverá caminho para a china a partir deste lugar. e pensar sobre isso seriamente e certificar observando minuciosamente o chão e a sua fenda mínima, se a fenda não é um princípio do fim, um terramoto embrião porque se fosse a valer os segundos escorreriam debalde mas escorreriam, chegariam à sua foz como chega o rio de são pedro de moel no FMI do zé mário que alivia mesmo mesmo. mesmo se por uns ávidos e míseros segundos adiante do anterior que não passa e eu não posso, talvez deixar-me ir tragicamente e ser a luz para todos estes olhares como foi o meu sorriso largo na 1ª comunhão, para desviar as futuras atenções do meu irmão fotografado, amarelo e descaído, sumido por dentro do sorriso que lhe emprestei, largo para que coubesse e que jamais nele coube a definição de heroísmo e nem sequer para que dissessem olhem que rico sorriso é pura alegria, transcendental, divino, não há dúvida de que foi tocada a menina é dotada de tragédia venha o sacrifício seguinte e a vir não seria nada mais do que não comer o bolo da comunhão que saiu pequeno e as bocas em aleluia pecavam por excesso mas, pelo menos, serviu o seu invisível propósito altruísta que ainda hoje se guarda em silêncio. o meu irmão safou-se de ser a luz patética, fui eu por ele agora trago-a sempre comigo para safar imagens puras de pessoas que a têm inteira. o meu irmão da primeira comunhão descaiu-se, amarelou-se, mas libertou-se da dor aguda que sou eu inteira e todo ele é luz que ilumina sem mácula e toda a gente diz que rico rapaz baixando os ombros, diagonando o olhar e cruzando as mãos em admiração e eu presa aos segundos por trás da porta fechada, talvez tenha morrido quem a fechou e esse trágico acontecimento se torne a luz e não eu daqui a instantes se os segundos passarem para a frente em avalanche sem que a porta com o defunto se abra e eu retida entre a porta fechada e os segundos congelad s.s.. s...
um sorriso veio da porta, vivo não morto, lentamente veio vindo da porta, sorrindo, penteando a madeixa que se misturara com as faces rosadas. lentamente rindo vindo sem sair da porta aberta. eu sem me mexer mexi-me com os passos hirtos da porta e o sorriso loiro, rosado, belo estremeceu recuou, caiu deixando rastos de cabelo flutuando no ar, lentamente pousando no chão com os restos do sorriso, iluminado estendido desfeito no mesmo lugar onde eu nos segundos parados atrás me retive e contive, até que resolveram avançar e obrigar-me a aliviar, ali mesmo, a bexiga.
ando à voltas sobre mim e o tempo não escorre. é sempre um segundo antes do próximo e não passa dele mesmo. se ao menos um botão se soltasse, um cordão se desamarrasse eu me dobraria em cócoras sobre eles sem, a seguir, me poder levantar e a seguir? outro cordão? uma formiga que pudesse ser exterminada, talvez. o chão que irrompe numa fenda e finalmente haverá caminho para a china a partir deste lugar. e pensar sobre isso seriamente e certificar observando minuciosamente o chão e a sua fenda mínima, se a fenda não é um princípio do fim, um terramoto embrião porque se fosse a valer os segundos escorreriam debalde mas escorreriam, chegariam à sua foz como chega o rio de são pedro de moel no FMI do zé mário que alivia mesmo mesmo. mesmo se por uns ávidos e míseros segundos adiante do anterior que não passa e eu não posso, talvez deixar-me ir tragicamente e ser a luz para todos estes olhares como foi o meu sorriso largo na 1ª comunhão, para desviar as futuras atenções do meu irmão fotografado, amarelo e descaído, sumido por dentro do sorriso que lhe emprestei, largo para que coubesse e que jamais nele coube a definição de heroísmo e nem sequer para que dissessem olhem que rico sorriso é pura alegria, transcendental, divino, não há dúvida de que foi tocada a menina é dotada de tragédia venha o sacrifício seguinte e a vir não seria nada mais do que não comer o bolo da comunhão que saiu pequeno e as bocas em aleluia pecavam por excesso mas, pelo menos, serviu o seu invisível propósito altruísta que ainda hoje se guarda em silêncio. o meu irmão safou-se de ser a luz patética, fui eu por ele agora trago-a sempre comigo para safar imagens puras de pessoas que a têm inteira. o meu irmão da primeira comunhão descaiu-se, amarelou-se, mas libertou-se da dor aguda que sou eu inteira e todo ele é luz que ilumina sem mácula e toda a gente diz que rico rapaz baixando os ombros, diagonando o olhar e cruzando as mãos em admiração e eu presa aos segundos por trás da porta fechada, talvez tenha morrido quem a fechou e esse trágico acontecimento se torne a luz e não eu daqui a instantes se os segundos passarem para a frente em avalanche sem que a porta com o defunto se abra e eu retida entre a porta fechada e os segundos congelad s.s.. s...
um sorriso veio da porta, vivo não morto, lentamente veio vindo da porta, sorrindo, penteando a madeixa que se misturara com as faces rosadas. lentamente rindo vindo sem sair da porta aberta. eu sem me mexer mexi-me com os passos hirtos da porta e o sorriso loiro, rosado, belo estremeceu recuou, caiu deixando rastos de cabelo flutuando no ar, lentamente pousando no chão com os restos do sorriso, iluminado estendido desfeito no mesmo lugar onde eu nos segundos parados atrás me retive e contive, até que resolveram avançar e obrigar-me a aliviar, ali mesmo, a bexiga.
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